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quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Relíquia, de Eça de Queiroz

Publicada por Unknown à(s) 12:31 Etiquetas: Eça de Queiroz
Desde a minha operação, que não pego num livro para ler. Os dias começam-se a tornar-se repetitivos e insignificantes. Infelizmente, comecei a fazer mau uso deles - internet até ás 5 ou 6 horas da manha, ver filmes, jogar jogos, e pouco mais. Decidi por um travão a esta situação.

"Deixa-me ver que livro tenho eu aqui para ler.... hummm... é este mesmo. Vamos mudar de ares e ler o que de melhor teve a nossa literatura". Era isso mesmo - Eça de Queiroz

Decidi por um fim a este termo. Porque não começar um novo livro? Na realidade, até me sinto envergonhado por ainda não ter lido, o que muitos consideram, o melhor livro dele.

Brevemente, deixarei aqui a minha critica... aguardem. Mas enquanto isso, fica aqui uma sinopse que busquei da Internet, para os mais curiosos e interessados também em deliciar-se com um livro, que pessoalmente, acredito que em nada me desiludirá.

Sinopse:
"Teodorico vivia com uma velha tia, rica e muito devota. Por influência de um amigo, Dr. Margaride, decide aproximar-se da tia e traçar uma estratégia para herdar a avultada fortuna da velha senhora. Para tal, mostra-se (falsamente) religioso e devoto. Pede à tia que lhe financie uma viagem a Paris, mas esta recusa-se terminantemente afirmando que Paris era a cidade do vício e da perdição. Teodorico pede, então, para fazer uma peregrinação à Terra Santa. A tia consente e pede que lhe traga uma recordação.

O sobrinho leviano parte e, na viagem, envolve-se com uma inglesa – Mary – que, como recordação dos momentos que passaram juntos, lhe dá um embrulho com a sua camisa de noite. Chegado à Palestina, Raposo continua a sua vida profana e amoral. Mas, aí, tem um sonho no qual se imagina a assistir a todo o processo de Jesus. Antes de regressar, Teodorico lembra-se do pedido da tia e corta uns ramos de um arbusto e tece com estes uma coroa, que embrulhou e pôs na sua bagagem. Entretanto, uma pobre mendiga pede-lhe esmola e ele deu-lhe o embrulho que (pensava ele) continha a camisa de Mary.

Chegado a Lisboa, relata, hipocritamente, à tia todas as penitências e jejuns que fizera durante a peregrinação e oferece-lhe o embrulho, dizendo que este continha a coroa de espinhos. A abertura da suposta relíquia faz-se perante uma imensa audiência de sacerdotes e beatas, num ambiente de ansiedade. Qual o espanto de todos quando, em vez do sagrado objecto, surge a camisa de noite da inglesinha. Este insólito episódio vale a Teodorico a expulsão de casa da tia e a perda da fortuna que ambicionava. Para sobreviver, Raposo passa, então, a vender relíquias da Terra Santa, que fabrica em grandes quantidades, acabando por arruinar o negócio. Acaba por compreender a inutilidade da falsidade e da mentira quando tem uma visão de Cristo.

Arranja um emprego, graças a um amigo do colégio e casa com a irmã deste. Parecia regenerado da hipocrisia que o caracterizava, mas ao saber que o padre Negrão – um dos clérigos que costumava frequentar a casa de Dona Patrocínio – herdara desta a Quinta onde ele nascera e que este era amante de Amélia, uma mulher com quem se relacionara em tempos e que o havia traído, Teodorico apercebe-se que tinha perdido a choruda fortuna por não ter sido ainda mais hipócrita e cínico. Se naquele dia tivesse tido a coragem de declarar que aquela camisa pertencia a Santa Maria Madalena, teria ficado bem visto entre os presentes e herdado a fortuna."  

Boas leituras........

3 comentários:

Roniel A. Julio disse...

Amigo CuboMagico, esse livro de Eça de Queirós, A Relíquia, é uma ótima leitura. Já faz alguns anos que eu tive a oportunidade de ler esse livro, e já não recordo de tudo, mas, com a sua postagem, também tive uma vontade grande de reler esse livro, e acho que vou fazer isso mesmo. Você está certíssimo meu caro amigo, e devemos saber dividir nosso tempo, pois esta é a forma para não cairmos no marasmo. Parabéns pela postagem. Abraços. Roniel.

24 de junho de 2010 às 13:10
Principe Encantado disse...

Joel, sensacional seu post amigo, mandou bem na literatura e Eça de Queiroz é um mago espetacular em seus escritos.
Abraços forte

25 de junho de 2010 às 05:58
Jackie Freitas disse...

Olá meu querido!!
Estou aqui ,atrasada, mas ainda em tempo de parabenizá-lo pela postagem que, como sempre, muito me agrada! Tenho certeza que essa leitura trará à você muitas questões, além das que tem, para fazer uma grande reflexão sobre a existência da hipocrisia no mundo hipócrita daqueles que se dizem "santos" mas que não passam de vendedores de mentiras... O que me assusta não são aqueles que visivelmente são mentirosos, mas os que se escondem atrás de falsas verdades...
Também estou aqui na minha reorganização de horários e tarefas, talvez por isso, tenho demorado tanto para comentar. Me perdoe, mas sei que entende essa necessidade de focar naquilo que realmente precisamos.
Grande beijo, fofis adorado!
Jackie

25 de junho de 2010 às 09:52

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